sábado, 28 de novembro de 2009

Crítica: Campo minado das relações humanas

Os seres humanos possuem três desejos básicos: se sentirem importantes, serem valorizados e reconhecidos e terem sua dignidade confirmada pelos outros.
As boas maneiras e a cortesia são as ferramentas que utilizamos para reconhecermos e demonstrarmos a importância da outra pessoa.
Em geral, quando nós contradizemos, corrigimos ou criticamos alguém, não é com o propósito de resolver alguma questão importante. Basicamente, esses procedimentos visam aumentar o sentimento de importância de um à custa do outro.
Uma boa dica é se fazer a seguinte pergunta:
- Será que importa mesmo que eu tenha razão?
Devemos, pois, decidir se queremos influenciar as ações das pessoas levando essa influência para o bem ou para o mal, em nosso benefício ou contra nós.
A crítica é considerada o campo minado das relações humanas, pois quando mal conduzida, pode provocar danos irreparáveis em relacionamentos sólidos.
Poucos são os que dominam a arte de criticar sem ferir um destes três desejos básicos, presentes em todas as pessoas.
Não há quem não seja afetado pela crítica.
É preciso saber criticar sem ferir a auto-estima do outro.
Não se critica a pessoa, mas sim a tarefa.
A crítica positiva não humilha e nem faz com que a pessoa se sinta ofendido ela deve motivá-la a trabalhar mais e melhor.
Quase todas as pessoas neuróticas e infelizes são muito dadas a criticar...
Se existir alguma pessoa que o irrite ou o tire do sério, tente buscar algo pelo qual possa elogiá-la; você verá que não só ela mudará de atitude como o seu próprio conceito de si mesmo irá mudar.
Devemos, além de fazer elogios sinceros, buscar elogiar os atributos da pessoa, e não a pessoa em si.
Uma das falhas mais freqüentes nas relações humanas é que buscamos aumentar a nossa auto-estima diminuindo a da outra pessoa. Aqueles que sempre apontam defeitos nos outros, menosprezando-os, mostram sinais de falta de auto-estima.
Como a arte de criticar é tão pouco conhecida e 99% das pessoas são tão ineptas a esse respeito, a simples palavra "crítica" provoca mal-estar.
No entanto, o verdadeiro propósito da crítica não deve ser rebaixar a outra pessoa, mas sim enaltecê-la. Não é ferir seus sentimentos, mas sim melhorar seu desempenho.


PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CRÍTICA EFICAZ

Reserva
Para realmente cumprir seu objetivo, a crítica não deve provocar ou atingir o ego da outra pessoa. Deve buscar bons resultados finais. Ser uma correção de rota, e não uma arma para abater o ego do outro. O aspecto mais importante da crítica deve ser "Como o outro se sentirá ao recebê-la".
A mais leve forma de crítica, quando feita na presença de outra pessoa, fatalmente provocará ressentimentos. Isso fará com que o criticado se sinta desprestigiado.
Pessoas que estão habituadas a criticar o semelhante só quando têm platéia devem refletir sobre esse ponto, pois é bem provável que, agindo desse modo, estejam querendo enaltecer seu próprio ego à custa da humilhação dos outros.

Elogio como preâmbulo
Usar palavras amáveis ou fazer um elogio cria um cenário amigável, mostrando para a pessoa que não queremos atacar seu ego.
O elogio faz brotar nas pessoas o que elas têm de melhor e, assim, elas entendem quando uma crítica for necessária.
Elogiar antes de criticar abre a mente das pessoas.

Impessoalidade
A crítica deve ser impessoal. Criticando o ato, e não a pessoa, mostramos que ela é melhor que o erro cometido.
Apontamos para sua capacidade de fazer bem as coisas e que o erro foi apenas um acidente de percurso.

Fornecer soluções
Quando se mostra para alguém o que fez de errado, devemos, no mesmo momento, indicar a forma correta de fazer aquilo.
Todas as pessoas estão ansiosas por fazerem o que é correto, desde que saibam o que é

Solicitar colaboração
Obtemos mais resultados quando incentivamos as pessoas, fazendo com que elas mesmas queiram modificar sua atuação.

Unicidade
Deve-se procurar emitir só uma crítica por falta cometida. Não ficar ressuscitando erros passados.

Conclusão amistosa
Não deixar coisas suspensas para alimentarem discussões posteriores.
Finda a crítica, resolver, liquidar e enterrar a questão. Deixar que a última imagem na cabeça do outro seja o afago, e não a censura.
Devemos conservar o *fair play* ao ouvir qualquer crítica, evitando responder com uma série de réplicas. Esperar, ouvir primeiro, pensar para responder e, se for em presença de outras pessoas, dizer que não acha o local e a hora adequados para tratar do assunto, e que prefere fazer isso a sós.
Atualmente, no mercado de trabalho, uma das aptidões mais valorizadas no profissional é sua tolerância para ouvir críticas. Testa-se a sua capacidade de aceitar, de bom grado, uma censura sem perder a calma, e de provar depois que aprendeu com os próprios erros.
Quando alguém criticar seu desempenho em alguma área, peça sugestões para se aprimorar e melhorar seu desempenho. Ao final, agradeça o toque e a oportunidade para se corrigir."

Esse texto é de Maria Aparecida A. Araújo
Consultora de Comportamento Profissional, Etiqueta Social e Internacional, Marketing Pessoal, Cerimonial e Protocolo.
É membro do Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear.
Formada em Letras, com Licenciatura em Língua e Literaturas de Língua Portuguesa.
Diretora da Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting, com 21 anos de experiência em atendimento de excelência ao cliente.

Coloquei aqui porque achei muito bom!

Um comentário:

  1. Texto maravilhoso, Tatjana, adorei! Passei por aqui para conferir as novidades e aproveito para deixar um grande abraço e um beijão para você. Desejo a você, querida amiga, ao Henrique e a todos os seus familiares um natal de muita paz, alegria e confraternização. Bjs

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